Gestão ambiental e o ensino na amazônia PDF Download

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Gestão ambiental e o ensino na amazônia

Gestão ambiental e o ensino na amazônia PDF Author:
Publisher:
ISBN: 9788544424803
Category : Education
Languages : pt-BR
Pages : 0

Book Description
A preocupação com as questões ambientais se torna a cada dia um requisito essencial a ser considerado pelas organizações como forma de alcançar a melhoria contínua do desempenho ambiental. Nos últimos anos, uma condição para que isso acontecesse foi à cobrança pela sociedade na busca de ações, processos e produtos ambientalmente corretos, conduzindo a uma consciência ecológica com a adoção de práticas sustentáveis. Essa realidade originou uma mudança na maneira de agir das organizações, conduzindo-as à adoção de um sistema de gestão. A gestão é essencial para a existência e a consolidação de qualquer atividade que tenha a pretensão de existir. Dessa forma, não se traduz apenas numa opção de escolha, mas na necessidade de obtenção de resultados satisfatórios. Quando consideramos a organização de uma sociedade como um todo, a gestão não pode ser ignorada, pois é uma ferramenta fundamental para o seu desenvolvimento. O sistema de gestão ideal é aquele que atende à necessidade, traz resultados conforme as metas e objetivos propostos. Além disso, é específico de cada organização, portanto, não existe um modelo padrão, pronto, único que pode ser utilizado em qualquer situação. Esta obra, com abordagem multidisciplinar, contém estudos desenvolvidos como forma de possibilitar estratégias para alcançar uma gestão ambiental participativa, integradora, motivadora e descentralizada. Extrapola-se aqui a epistemologia conceitual de gestão ambiental e considera-se qualquer ação que busque estudar alternativas sustentáveis para desenvolver atividades sobre o meio ambiente, indissociável da educação ambiental. Neste sentido, espera-se que as investigações aqui apresentadas possam incentivar os leitores a divulgar suas vivências e experiências ambientais.

Gestão ambiental e o ensino na amazônia

Gestão ambiental e o ensino na amazônia PDF Author:
Publisher:
ISBN: 9788544424803
Category : Education
Languages : pt-BR
Pages : 0

Book Description
A preocupação com as questões ambientais se torna a cada dia um requisito essencial a ser considerado pelas organizações como forma de alcançar a melhoria contínua do desempenho ambiental. Nos últimos anos, uma condição para que isso acontecesse foi à cobrança pela sociedade na busca de ações, processos e produtos ambientalmente corretos, conduzindo a uma consciência ecológica com a adoção de práticas sustentáveis. Essa realidade originou uma mudança na maneira de agir das organizações, conduzindo-as à adoção de um sistema de gestão. A gestão é essencial para a existência e a consolidação de qualquer atividade que tenha a pretensão de existir. Dessa forma, não se traduz apenas numa opção de escolha, mas na necessidade de obtenção de resultados satisfatórios. Quando consideramos a organização de uma sociedade como um todo, a gestão não pode ser ignorada, pois é uma ferramenta fundamental para o seu desenvolvimento. O sistema de gestão ideal é aquele que atende à necessidade, traz resultados conforme as metas e objetivos propostos. Além disso, é específico de cada organização, portanto, não existe um modelo padrão, pronto, único que pode ser utilizado em qualquer situação. Esta obra, com abordagem multidisciplinar, contém estudos desenvolvidos como forma de possibilitar estratégias para alcançar uma gestão ambiental participativa, integradora, motivadora e descentralizada. Extrapola-se aqui a epistemologia conceitual de gestão ambiental e considera-se qualquer ação que busque estudar alternativas sustentáveis para desenvolver atividades sobre o meio ambiente, indissociável da educação ambiental. Neste sentido, espera-se que as investigações aqui apresentadas possam incentivar os leitores a divulgar suas vivências e experiências ambientais.

A gestão ambiental e sustentável na Amazônia

A gestão ambiental e sustentável na Amazônia PDF Author: Elói Martins Senhoras
Publisher: Atena Editora
ISBN: 8572477101
Category : Nature
Languages : pt-BR
Pages : 108

Book Description
A Amazônia trata-se de uma ecorregião transnacional conformada em sua definição pelo recorte geográfico da Bacia Hidrográfica Amazônica, sendo caracterizada por uma rica biodiversidade e uma ampla complexidade sociocultural e de ecossistemas, cujo delineamento espacial é circunscrito a territórios de 9 estados nacionais. Diante da ampla riqueza e complexidade imanente a esta extensa região transnacional, a Amazônia passa a ser estudada em suas partes, o que a transforma em uma série de Amazonias sob os prismas físicos, naturais, culturais e políticos, resultando assim em uma pluralidade de terminologias e nomenclaturas para explorar esta região. Tomando como referência o estado do Pará na Amazônia Oriental e o estado de Rondônia na Amazônia Ocidental, a presente obra, “A Gestão Ambiental e Sustentável na Amazônia”, trata-se de uma coletânea multidisciplinar de artigos escritos por um grupo seleto de pesquisadores com distintas expertises, os quais exploram temáticas específicas da região amazônica sob o eixo articulador do olhar das Ciências Ambientais. Fundamentando-se em uma natureza exploratória, descritiva e explicativa quanto aos fins e em uma natureza quali-quantitativa quanto aos meios, o presente livro foi estruturado com o objetivo central de analisar a problemática ambiental no contexto brasileiro, a Amazônia Legal, por meio de 8 estudos. No primeiro capítulo, “A capacidade adaptativa na zona costeira amazônica”, os autores analisam a capacidade adaptativa dos municípios à erosão costeira no estado do Pará, por meio da análise der de três variáveis – estruturas de contenção, instrumentos de planejamento urbano e articulação institucional – demonstrado que entre 31 municípios da zona costeira, apenas 2 possuem alta capacidade adaptativa, 8 possuem média capacidade e 21 possuem baixa capacidade adaptativa. No segundo capítulo, “Composição taxonômica de macrocrustáceos decápodas capturados na pesca artesanal com puçá de arrasto em uma área estuarina amazônica”, o objetivo exploratório de determinar as categorias de macrocrustáceos no estuário de Guajará-Mirim, no município de Colares-PA, demonstrou que as espécies que predominam em número são Farfantepenaeus subtilis (classificada como dominante) e Macrobrachium amazonicum (abundante), sendo a primeira o foco da pesca de arrasto. No terceiro capítulo, “Dinâmica das propriedades químicas da liteira em um plantio de Virola surimanensis e floresta sucessional na Amazônia Oriental”, a pesquisa findou comparar, ainda na região dos tabuleiros costeiros, as propriedades químicas em diferentes condições, demonstrando os nutrientes apresentam valores superiores em floresta sucessional em razão da diversidade florística e estrutural das espécies, a despeio de alguns outros nutrientes apresentarem valores superiores no plantio. No quarto capítulo, “Síntese e caracterização de Zeólita 4A dopada com Ba2+ a partir de rejeitos de caulim da Amazônia”, os pesquisadores, comprometidos com uma gestão sustentável de resíduos de mineração, demonstram, por meio de uma rica análise laboratorial, a viabilidade do aproveitamento de rejeitos de caulim como fonte para a síntese e produção de adsorventes denominados como zeólitas, os quais são promissores materiais que podem ser aplicados para o desenvolvimento de tecnologias de alta eficiência. No quinto capítulo, “Utilização do topsoil para restauração florestal de áreas degradadas pela mineração de bauxita: fatores a serem considerados”, o objetivo desta pesquisa de revisão bibliográfica foi discutir a importância do solo superficial e os principais fatores que vem afetando a sua qualidade no processo de transferência da floresta para áreas degradadas pela mineração de bauxita, tais como sua origem, método de retira da floresta, tempo de estocagem e preparo do terreno para recepção do material orgânico. No sexto capítulo, “Avaliação dos impactos ambientais da expansão urbana no igarapé Santa Bárbara em Igarapé-Miri/Pará”, os autores analisam sob o prisma urbano a relação entre as atividades antrópicas e a degradação ambiental em uma cidade amazônica, demonstrando que a ocupação desordenada da área ao entorno do igarapé e o silêncio administrativo do poder público na ordenação e gestão de questões urbanísticas representam os principais fatores de impacto na degradação ambiental. No sétimo capítulo, “Gestão de resíduos: estudo de caso em diferentes canteiros de obras em Porto Velho (RO)”, a pesquisa versou sobre a gestão de resíduos de construção civil no contexto urbano, demonstrando que na capital de um estado relativamente novo, a despeito das dificuldades identificadas, existe uma satisfatória gestão dos resíduos em diferentes canteiros de obras na cidade. No oitavo capítulo, “Turismo, planejamento e resíduos sólidos na Área de Proteção Ambiental Algodoal/Maiandeua – Pará”, os autores verificaram o uso turístico e a produção dos resíduos sólidos durante a alta temporada na Área de Proteção Ambiental (APA) identificada, demonstrando que ela necessita de infraestrutura adequada para a coleta e deposição dos resíduos sólidos e melhorias na gestão da coleta de resíduos produzidos pela comunidade e pelos comerciantes locais. Com base em um trabalho coletivo, o presente livro projeta o esforço de pesquisa de um grupo diverso de profissionais oriundos de instituições públicas do estado do Pará e de Rondônia, demonstrando assim que o estado da arte sobre a Gestão Ambiental e Sustentável na Amazônia se produz de modo local a partir de cientistas, homens e mulheres, localmente envolvidos com as realidades desta região. Em razão das discussões levantadas e dos resultados apresentados após um marcante rigor metodológico e analítico, o presente livro caracteriza-se como uma obra multidisciplinar amplamente recomendada para estudantes em cursos de graduação e pós-graduação ou mesmo para o público não especializado nas Ciências Ambientais, por justamente trazer de modo didático e linguagem acessível novos conhecimentos sobre a realidade amazônica no Brasil.

Instrumentos de planejamento e gestao ambiental para a Amazonia, Pantanal e Cerrado

Instrumentos de planejamento e gestao ambiental para a Amazonia, Pantanal e Cerrado PDF Author: M. Villas Boas
Publisher:
ISBN:
Category :
Languages : pt-BR
Pages : 52

Book Description
O processo de ocupacao do territorio brasileiro tem sido cada vez mais concentrado nas grandes cidades e suas imediacoes, concenntrando igualmente o consumo de materia e energia necessaria ao desenvolvimento das atividades humanas e os seus subprodutos, na forma de degradacao ambiental. Sendo este processo acelerado, o poder publico tem sido dificuldades em assumir a sua responsabilidade primorial de guardiao dos recursos limitados de que dispoe a sociedade, no sentido de controlar os efeitos negativos das atividades individuais e de perseguir a busca da qualidade ambiental. Isto decorre de um lado da tradicional desconsideracao das questoes ambientais nos programas planos e projetos de desenvolvimento e no planejamento ... da ocupacao territorial urbano e regional e, do outro, da falta de instrumentos de gestao ambiental e de recursos financeiros por parte do poder publico nos seus niveis municipal estadual e federal que permitam coibir ou controlar os efeitos negativos das concentracoes humanas. So recentemente com a exigencia dos EIA/RIMAS (Resolucao 001/CONAMA e Constituicao Federal/1988). tem o poder publico tido a oportunidade de avaliar os impactos dos empreendimentos antes mesmo de sua implantacao no territorio e de poder estabelecer preventivamente medidas de gestao e controle (medidas mitigadoras dos impactos e programas de monitoramento). Para disciplinar o uso dos recursos naturais e evitar a sua degradacao. No entanto estao em curso processos ...

Ação socioambiental na Amazônia

Ação socioambiental na Amazônia PDF Author: Silvio Eduardo Alvarez Candido
Publisher: Editora Na Raiz
ISBN: 6599147917
Category : Nature
Languages : pt-BR
Pages : 336

Book Description
O Brasil e os brasileiros têm sido o foco da atenção de governantes e cidadãos ao redor do globo por conta da sua responsabilidade pela conservação da maior floresta tropical do mundo: a Amazônia. O valor ambiental dessa região é reconhecido de forma consensual, apesar disso nem sempre se expressar em políticas públicas de conservação. O bioma contém uma parcela expressiva da biodiversidade conhecida pela ciência, incluindo muitas espécies ameaçadas de extinção. A floresta também é crítica para a regulação dos ciclos da água e para um importante reservatório de água doce no planeta, com seus rios representando um volume significativo da água descarregada nos oceanos. Sua vegetação é um enorme estoque de carbono e sua queima uma fonte de emissões de gases que levam à mudança do clima. A Amazônia também abriga uma diversidade de comunidades florestais com estilos de vida culturalmente conectados e materialmente dependentes de sua integridade. Nas últimas décadas, povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas se mobilizaram para aproveitar novas oportunidades políticas emergentes, decorrentes da convergência de suas lutas por melhores condições de vida com o ambientalismo. Isso impulsionou a visão de que a conservação da floresta envolve um compromisso moral de também fortalecer essas comunidades, garantindo seu acesso a direitos fundamentais e a melhores condições socioeconômicas. Os povos da floresta têm contato com importantes aliados em suas lutas. Essas alianças são fundamentais justamente porque é comum que os atores dessas comunidades careçam de recursos materiais, culturais e de conexões sociais estratégicas para perseguir seus propósitos. A parceria com gestores públicos, profissionais e voluntários de organizações não governamentais, militantes de movimentos sociais, dentre outros apoiadores, pode possibilitar o acesso a recursos valiosos para suas lutas políticas. Entretanto, é fundamental que seus apoiadores, que dominam fontes de poder social, sejam capazes de entender suas próprias relações sociais com os comunitários e as assimetrias e diferenças de visões de mundo que elas podem envolver. Essa capacidade de refletir é a forma mais efetiva de evitar que as próprias visões e interesses dos apoiadores não se imponham sobre a dos apoiados. Esta obra tem o propósito de promover a reflexão sobre a ação socioambiental na Amazônia brasileira. Ela é voltada para pessoas dispostas a se engajar em ações socioambientais, voltadas a conciliar a conservação da floresta e o apoio a seus povos. Os trabalhos aqui reunidos envolvem reflexões conceituais sobre diferentes dimensões envolvidas e a serem consideradas no desenvolvimento dessas ações, incluindo (i) o território e do meio ambiente; (ii) a educação e a cultura; (iii) a saúde e o saneamento; e (iv) o trabalho e a produção. Abarcar essa amplitude envolveu um esforço interdisciplinar, reunindo autores de diversas áreas do conhecimento e com distintas perspectivas. Isso foi fundamental para impulsionar um horizonte de desenvolvimento que supere a visão economicista dominante, que confunde desenvolvimento com crescimento econômico. Na primeira parte do trabalho, as dimensões territoriais e ambientais envolvidas no desenvolvimento comunitário na Amazônia são abordados. Partindo de uma conceituação do território como relações de poder, a questão do controle das comunidades sobre o seu território e sobre os recursos naturais dos quais dependem são aqui abordadas. Essa é uma questão crucial, uma vez que é preciso reconhecer que comunidades amazônicas são atores marginais nas estruturas sociais brasileiras e mundiais, o que propicia a interferência de forças exógenas nos territórios em que vivem. Essas interferências, que reduzem sua autonomia, desterritorizalizando-as, decorre da ação de atores poderosos, que ampliam seu poder expandindo territorialmente sua atuação. Em toda a Amazônia, ações de atores econômicos do setor imobiliário, madeireiro, da mineração, construção civil, pecuária e agronegócio são forças importantes de desterritorizalização de comunidades tradicionais. Mesmo políticas públicas importantes, como as de implementação de unidades de conservação, quando mal executadas podem promover a redução do controle das comunidades sobre o espaço em que vivem. Essa primeira parte é composta por dois textos que abordam a influência do setor de geração de energia na realidade das comunidades. Nas últimas décadas, a retomada dos investimentos em infraestrutura e a adoção de políticas de aproveitamento hidrelétrico na região tornaram esse um setor chave nos processos de desterritorialização dos povos da floresta. O primeiro capítulo dessa parte, de autoria de Artur de Souza Moret, é intitulado “Impactos dos projetos de infraestrutura na Amazônia Brasileira: um território em transformação”. O autor propõe que a tomada de decisão acerca dos projetos de infraestrutura para a Amazônia se dá a partir das elites políticas e econômicas brasileiras e não reconhece as características distintivas desse território. Isso faz com que esses projetos gerem consequências socioambientais danosas. O autor traça um breve histórico dos investimentos em infraestrutura na região e analisa seus impactos a partir de uma variedade de dados e indicadores sociais sobre a região. As pesquisadoras Marina Ertzogue e Monise Busquets, em “A barragem de Belo Monte e a perda de redes de sociabilidade das populações atingidas representadas em arpilleras amazônicas”, partem do contexto de implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte para desvelar parte da trama (e do drama) social dos atingidos por barragens. Por meio de amplo cruzamento de dados secundários e realização de entrevistas com mulheres que bordam arpilleras, revelam como essa prática artesanal é também um modo de se expressar narrativas de resistência das pessoas atingidas por barragens. O capítulo é uma denúncia da realizada camponesa amazônica, e coloca desafios às práticas de intervenção comunitária por projetos que desejem somar forças aos movimentos organizados da sociedade civil pela luta pelos direitos e dignidade Outras dimensões chave do desenvolvimento comunitário são as da cultura e a da educação. As comunidades amazônicas são comumente reconhecidas como culturalmente diferenciadas, tendo estilos de vida, visões de mundo e práticas que estão relacionadas com o ambiente que habitam e que são distintas das de outros grupos sociais brasileiros. Ainda que nos dias de hoje a diversidade cultural da Amazônia seja crescentemente celebrada, na prática ocorrem tensionamentos entre os estilos de vida, conhecimentos e práticas culturais dos povos das florestas e os dominantes na sociedade brasileira. Por tratar-se de grupos relativamente marginais, as comunidades são tacitamente forçadas a se adaptar à cultura urbanocêntrica dominante, sendo vítima constante do que o sociólogo francês Pierre Bourdieu chama de violência simbólica. Projetos e ações na área de educação e cultura são formas fundamentais para lidar com esse contexto. Por um lado, é fundamental que elas promovam a capacidade crítica dos comunitários, para que eles consigam enxergar as formas veladas de dominação cultural das quais são vítimas, tornando-se mais livres. Por outro, é fundamental também que os comunitários consigam acessar e acumular as formas de conhecimento dominantes, sem as quais dificilmente conseguirão obter potência para transformar sua própria condição. Para lidar com essas questões, os autores dos capítulos dessa parte do livro elaboram propostas fortemente amparadas no legado do intelectual e educador brasileiro Paulo Freire. Diógenes Valdanha Neto, em “Educação (Popular) e Projetos Comunitários: elementos para a ação”, apresenta reflexões sobre a natureza do processo educativo, para além da escolarização. E esclarece elementos da Educação Popular que comumente são partilhados por muitas correntes e referenciais educacionais dialógicos. A partir dessas reflexões, expõe aspectos formais de projetos e faz apontamentos sobre condições necessárias para possibilitar ações conjuntas com a comunidade desde as proposições até a execução de ações. Parte de algumas experiências exitosas do NAPRA, e aponta caminhos para novos fazeres em território amazônico, destacando os limites estruturais que a atuação por projetos tem, por mais bem elaborada que seja. Finaliza problematizando o que chama de “impostura educacional”, comportamento frequente em equipes que se julgam altamente preparadas perante projetos que não foram bem-sucedidos. Daí decorre a responsabilização da comunidade pelo insucesso do projeto. Essa postura deve ser combatida e enfrentada nos espaços de construção e formação. O autor finaliza o texto com um convite à humildade de nos reconhecermos com eternos aprendizes, e que em diálogo aprende-se mais. Em seu segundo capítulo no livro, Diógenes Valdanha Neto, em “Educação escolar (do campo): caminhos para o desenvolvimento socioambiental”, coloca inquietações e apresenta um breve histórico sobre o papel social da instituição escolar. Problematiza as ideias apresentadas de modo banalizado no cotidiano, de que “tudo” é importante estar presente na escola, desde uma “educação financeira” até o ensino de “mitos e lendas locais”. Dialoga essas questões com o que realmente se espera dessa instituição localizada dentro de um sistema econômico e social, e aponta caminhos para pensar essa realidade na Amazônia a partir da perspectiva da Educação do Campo uma proposta teórico-prática desenvolvida no bojo das lutas sociais rurais brasileiras. Aponta possibilidades para que a atuação socioambiental por meio de projetos faça alianças com as escolas locais sem responsabilizá-las por todas as questões sociais da comunidade, auxiliando-as em seu desenvolvimento e cumprimento do que delas se espera: o ensino combinado à valorização dos modos de vida locais. Em “Diálogo e participação na Educação Popular: muito além da teoria”, Valéria de Oliveira Vasconcelos nos conduz a uma trama de conceitos e imagens da Educação Popular, acionando constantemente algumas de suas múltiplas experiências em território amazônico, com vistas a dialogar com o leitor sobre o próprio diálogo e o processo formativo constante que vivemos na condição de humanos. Reflete sobre o poder da palavra e também dos desafios e possibilidades a uma participação real das pessoas nos projetos de intervenção comunitária. Finaliza seu texto fazendo votos de maior reconhecimento sobre o que nos une frente ao que ataca nossa humanidade. Ideias a inspirar não somente projetos socioambientais, mas nossa própria vida. Não é possível imaginar formas de desenvolvimento mais inclusivas, igualitárias e capazes de conservar a Amazônia brasileira sem considerar o acesso dos povos da floresta ao saneamento e à saúde. Tratamos aqui de uma dimensão absolutamente central da vida humana, relacionada ao bem-estar físico, mental e social. A precariedade de acesso ao saneamento e à conhecimentos e cuidados básicos de saúde é uma enorme fonte de fragilidade para as comunidades amazônicas, impactando direta e indiretamente suas possibilidades de fortalecimento. Andrea Silveira, ao escrever em “Saúde Integral e Integrada”, esclarece um percurso histórico pelo qual as discussões acerca da noção de Saúde passaram. Indica o avanço no trato das questões de modo estritamente biológico para uma abordagem mais socialmente contextual e compreensiva dos fenômenos da Saúde. Faz defesa da Política Nacional de Humanização da também do Sistema Único de Saúde brasileiro, tecendo considerações de como são indissociáveis de uma intervenção integral e integrada em saúde – as quais vêm como indicativos para a ação socioambiental na Amazônia. O capítulo amplia a visão das equipes multidisciplinares e convida a uma atuação interdisciplinar que compreenda que “entender o processo de saúde-doença de uma comunidade é entender sua dinâmica social e cultural”. No capítulo “Saneamento de Pequenas Comunidades e o Gerenciamento dos Recursos Hídricos na Amazônia Brasileira”, Ayri Saraiva Rando, Cassiano Sampaio Descovi e André Munhoz de Argollo Ferrão apontam as relações existentes entre as políticas públicas de saneamento básico e as de recursos hídricos e debatem a importância de formas de governança e gestão descentralizadas e que envolvam participação social ou comunitária. Para os autores, essa descentralização é fundamental para avançar nos índices de saneamento na Amazônia, dadas as especificidades da região. Citando os exemplos dos projetos Nossa Água e Sanear Amazônia, desenvolvidos, respectivamente, no oeste do Pará e na RESEX Chico Mendes no Acre, os autores argumentam que é possível que o governo desenvolva um aparato jurídico e formas de regulamentação e gestão apropriadas para envolver grupos de usuários e organizações da sociedade civil na implantação e manutenção sistemas comunitários de abastecimento na Amazônia. A última dimensão trabalhada na obra está relacionada ao trabalho e à produção. Ainda que ela envolva questões cruciais para conciliar melhoria da qualidade de vida e conservação florestal, buscamos aqui evitar a razão economicista dominante entre nós, conforme mencionado anteriormente. Alguns dos capítulos aqui reunidos enfatizam, inclusive, como as questões econômicas não são dissociáveis das culturais, evidenciando como a dinâmica dos mercados nos quais as comunidades Amazônicas se inserem é também política. No “Para além do regatão: os condicionantes sociais do acesso dos produtores tradicionais aos diferentes canais de comercialização”, Silvio Eduardo Alvarez Candido e Fernanda Veríssimo Soulé analisam aspectos das estruturas sociais envolvidas nos circuitos de comércio nos quais as comunidades da Amazônia estão envolvidas. Desconstruindo a visão do senso comum moldada pelo conhecimento econômico ortodoxo, e amparados pelos autores da sociologia econômica, notavelmente nas contribuições de Pierre Bourdieu, analisam os condicionantes políticos e culturais tanto da demanda, como da oferta dos produtos comunitários. Identificam ainda a abertura de janelas de oportunidades para os produtores das comunidades da Amazônia devido à ascensão de nichos de mercado com uma demanda moralizada de produtos da sociobiodiversidade. Em seguida, Fernanda Veríssimo Soulé e Silvio Eduardo Alvarez Candido abordam a organização e as tecnologias de produção de comunidades Amazônicas. Baseando-se na tipologia desenvolvida por Boltanski e Thévenot (2006) sobre as formas de racionalidade, os autores analisam as diferentes concepções que podem dar base para a organização e as tecnologias de produção em comunidades. Eles propõem, então, que a produção das comunidades amazônicas geralmente se baseia em concepções domésticas ou tradicionais. Propõem ainda que ainda que essas tecnologias e formas de organização devam ser respeitadas, seus limites devem ser reconhecidos, sendo que os projetos de apoio comunitário devem incorporar outras lógicas produtivas, capazes de legitimar e revigorar as produções locais. Dentre essas lógicas, os autores destacam a lógica técnica ou industrial, que pode ser útil na ampliação da eficiência dos processos produtivos, e a lógica cívica ou democrática, que pode operar como uma alternativa às formas de organização autoritárias do mundo doméstico, abrindo espaço para as expressões individuais e para formas mais universais de solidariedade. Essas propostas são conectadas com modelos propostos por autores da economia solidária e proponentes do conceito de tecnologias sociais. O capítulo “Manejo e governança da “floresta em pé”: produtos florestais não-madeireiros”, de autoria de Raquel Rodrigues dos Santos e Leonardo H. de Moura, aborda o estágio inicial da cadeia de valor desses produtos da floresta. Conceitos relacionados à governança dos recursos de uso comum são explorados. Parte-se do pressuposto de que os ecossistemas florestais são capazes de absorver e acomodar distúrbios inesperados decorrentes das intervenções comunitárias. Isso propicia que o manejo dos produtos florestais não madeireiros seja feito de forma adaptativa, o que demanda um monitoramento contínuo da condição dos sistemas florestais, que deve ser feito por meio do diálogo dos próprios produtores, que estão presentes e são capazes de acompanhar a dinâmica ecossistêmica, com técnicos, que podem aportar conhecimentos científicos relevantes. Os autores apontam que uma das condições fundamentais para o co-manejo adaptativo e sustentável pelas comunidades é o direito acerca do uso e ocupação da terra e dos recursos naturais, que gera incentivos de longo prazo para a conservação. O capítulo inclui um estudo de caso sobre manejo de castanha da Amazônia em comunidades ribeirinhas do Baixo rio Madeira, em Rondônia. Na sequência, Lucas Moreira de Souza e Eduardo Michalichen Garcia abordam o tema da agricultura na Amazônia. Assumindo que as práticas agrícolas não são homogêneas, os autores propõem que pelo menos três concepções distintas de agricultura convivem na região Amazônica. A primeira é vinculada ao agronegócio e trata-se da vertente dominante, que concebe a região como uma fronteira agrícola. Ela envolve cadeias produtivas comandadas por grandes empresas multinacionais, que coordenam a expansão de seus “Impérios Alimentares” para região, operando como um poderoso vetor de desterritorialização das comunidades e de desmatamento. A segunda é a agricultura camponesa, impulsionada pelos projetos de reforma agrária realizados na região. Trata-se de um modelo que abarca enorme diversidade, sendo fortemente pluriativa, e que é orientado para a manutenção e melhoria das condições de vida das famílias de trabalhadores que habitam as áreas rurais da região. Por fim, os autores discutem o modelo de agricultura dos povos da floresta, que se aproxima do modelo camponês, mas guarda especificidades significativas. Finalmente, em “Turismo comunitário e participativo: potencialidades e desafios em comunidades ribeirinhas da Amazônia brasileira”, Frederico Yuri Hanai e Maiara Rosa Silva Nunes exploram a construção histórica da defesa de ações de turismo com base comunitária, com especial enfoque para a realidade amazônica. São discutidos os impactos (positivos e negativos) do desenvolvimento do turismo na região, e é feita uma defesa do turismo sustentável feito com a participação da sociedade. A partir do estudo de várias experiências concretas, os autores finalizam em defesa da viabilidade e sustentabilidade do turismo de base comunitária na Amazônia, uma realidade que perpassa a construção de projetos e a atuação em comunidades tradicionais em todas as áreas do conhecimento.

PÓS-DESENVOLVIMENTO E BEM VIVER NA AMAZÔNIA

PÓS-DESENVOLVIMENTO E BEM VIVER NA AMAZÔNIA PDF Author: Giselle Alves Silva
Publisher: Editora CRV
ISBN: 6525145147
Category : Education
Languages : pt-BR
Pages : 286

Book Description
Esta obra é fruto de um trabalho colaborativo entre docentes e discentes da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, que nasceu a partir das atividades do grupo de pesquisa CADES – Críticas e Alternativas ao Desenvolvimento na Amazônia. O aumento da gravidade das crises atuais nos mais variados cenários do globo e as tentativas frustradas de reduzir os impactos danosos do desenvolvimento hegemônico à vida humana e à ecosfera nos impulsionam a pensar que é necessário suplantar esse modelo. Esta obra se propõe a refletir, descrever e analisar as práticas sociais comunitárias vivenciadas na Amazônia, sob a lente teórica do pós-desenvolvimento e sob a perspectiva prática das experiências de Bem Viver. Trata-se de um valioso registro e análise das experiências alternativas de organização comunitárias, contados a partir de seus próprios atores – alunos(as) e pesquisadores(as) amazônidas, inspirando a criação de um modo de reprodução de vida próprio do território, enquanto um espaço de construção social dinâmica, multidimensional, com trajetórias em aberto, que coloca a população local como agente protagônica das melhorias de suas condições de vida.

The Contribution of Universities Towards Education for Sustainable Development

The Contribution of Universities Towards Education for Sustainable Development PDF Author: Walter Leal Filho
Publisher: Springer Nature
ISBN: 3031498534
Category :
Languages : en
Pages : 585

Book Description


Guardians of the Brazilian Amazon Rainforest: Environmental Organizations and Development

Guardians of the Brazilian Amazon Rainforest: Environmental Organizations and Development PDF Author: Luiz C. Barbosa
Publisher: Routledge
ISBN: 1317577639
Category : Nature
Languages : en
Pages : 268

Book Description
The Amazon region is the focus of intense conflict between conservationists concerned with deforestation and advocates of agro-industrial development. This book focuses on the contributions of environmental organizations to the preservation of Brazilian Amazonia. It reveals how environmental organizations such as Greenpeace, Friends of the Earth, WWF and others have fought fiercely to stop deforestation in the region. It documents how the history of frontier expansion and environmental struggle in the region is linked to Brazil’s position in an evolving capitalist world-economy. It is shown how Brazil’s effort to become a developed country has led successive Brazilian governments to devise development projects for Amazonia. The author analyses how globalization has led to the expansion of international commodity chains in the region, particularly for mineral ores, soybeans and beef. He shows how environmental organizations have politicized these commodity chains as weapons of conservation, through boycotting certain products, while other pro-development groups within Brazil claim that such organizations threaten Brazil's sovereignty over its own resources.

Território e gestão ambiental na Amazônia

Território e gestão ambiental na Amazônia PDF Author: Neli Aparecida de Mello
Publisher:
ISBN: 9788539101498
Category : Economic development
Languages : pt-BR
Pages : 198

Book Description
Esta obra busca apresentar uma reflexão sobre as políticas territoriais na Amazônia, as dinâmicas que as demandam e os desafios aos quais as mesmas devem responder. Ao mesmo tempo, visa a examinar os antagonismos presentes no Estado e a gestão de políticas públicas territoriais sob o ponto de vista ambiental, analisando sua racionalidade técnica e eficácia.

Educação ambiental e cidadania

Educação ambiental e cidadania PDF Author:
Publisher:
ISBN:
Category : Environmental education
Languages : pt-BR
Pages : 82

Book Description
A cidadania atraves da educacao ambiental. Democratizar para a cidadania. Por uma educacao amazonica. A escola possivel: da utopia a realidade. Pedagogia da problematizacao: a educacao ambiental e o educador. A educacao do Para hoje: alguns apontamentos a nivel de resultados no PEEAC.

Gestão de projetos sociais e de preservação ambiental na Amazônia

Gestão de projetos sociais e de preservação ambiental na Amazônia PDF Author: Maria da Conceição Araújo Castro
Publisher:
ISBN:
Category :
Languages : pt-BR
Pages : 121

Book Description